Auto-hipnose na Aprendizagem

Auto-Hipnose na Aprendizagem

Em termos de aprendizagem, podemos dizer que a diferença fundamental entre o ser humano e os outros animais está na sua capacidade de “aprender continuadamente”. É isso mesmo: o ser humano nasce para aprender.

Mesmo sem que percebamos, aprendemos continuamente, do nascimento até o último dia de vida. Você não precisa estar na escola ou ler um livro para aprender; você aprende a cada informação que seus sentidos percebem, a cada imagem que seus olhos percebem, a cada som que seus ouvidos percebem, “mesmo que não queira aprender”. Esta “capacidade de aprender” é inata e comum a todas as pessoas, sem distinção de raça, cor, sexo ou classe social.

O “milagre da inteligência” ocorre a cada instante, a cada piscar de olhos. Nosso cérebro é anatômica e funcionalmente preparado para trabalhar sem parar até mesmo quando dormimos. Saiba que todas as informações que percebemos durante o dia são processadas nas primeiras horas do sono (quando muita gente pensa que o cérebro para pra descansar) e aquelas informações que nos são mais interessantes, mais expressivas e mais necessárias são devidamente armazenadas na nossa memória. Por isso é que aprendemos, justamente, quando estamos dormindo.

Nosso cérebro também não tem limites para aprendizagem; cada um de nós, seja branco, negro, homem, mulher, alto, baixo, gordo, magro, possui uma “capacidade de aprender” ILIMITADA. Cada um de nós PODE APRENDER TUDO O QUE QUISER e QUANDO QUISER. Basta querer.

A maioria das dificuldades de aprendizagem está relacionada exatamente ao desconhecimento desta verdade (o estresse do estudante é, quase sempre, decorrência deste desconhecimento). Muitos estudantes “pensam” que não podem e que não vão aprender, e este pensamento funciona como uma “ordem para a inteligência bloquear o raciocínio e a criatividade”. Ora, isto também é uma informação, ou não é? E, portanto, ela será admitida pelo cérebro como informação. Dizer ao cérebro que algo “é difícil” — e “aceitar” isso — também é uma aprendizagem; negativa, mas é.

Se, em vez desta ordem, a pessoa afirmar (informar ao cérebro) que pode aprender, que vai aprender, com certeza aprenderá. O “fácil” e o “difícil” são conceitos relativos ao “tempo”. Para uma criança de dois anos, contar de 1 a 100 é dificílimo, no entanto, aos sete anos, esta tarefa será extremamente fácil. Ocorre, entretanto, que o “tempo de duração de uma dificuldade” pode ser reduzido bastante quando a pessoa se dispõe a aprender. Lozanov provou que isto é possível através da sua Sugestopedia.

Assim sendo — e é importante gravar isto — saiba que você pode influenciar sua inteligência e criatividade com a sua vontade. Basta “informar” à sua inteligência sobre esta sua disposição em aprender e você, DE FATO, aprenderá!

 

Como melhorar a inteligência (a memória) e a criatividade

Faça formulações positivas a respeito da sua capacidade intelectual. “Diga” permanentemente ao seu cérebro que você é muito inteligente e muito criativo (porque na realidade VOCÊ É ASSIM). Creia que seu cérebro não fará julgamentos subjetivos; ele “aceitará” estas informações como verdadeiras e trabalhará como tal. O software do pensamento criativo, do pensamento genial, está em TODOS OS CÉREBROS. Você só precisa ativá-lo. Os cérebros de Einstein, de Pasteur, de Edison, de Leonardo da Vinci, não eram diferentes do seu! A diferença fica apenas por conta da ousadia, da coragem e da convicção que eles tinham de que “poderiam sempre fazer melhor”. Pois é a coragem, a ousadia e a convicção que “ativam” o intelecto.

Em termos de inteligência, o cérebro obedece sempre a este mesmo princípio: “se você pensa que pode, ou pensa que não pode, em ambos os casos terá razão.” Portanto, é você quem decide.

Ao se “dispor a ser mais inteligente e mais criativo” você estará “ordenando” que seu cérebro utilize o software da criatividade para gerar soluções. E assim acontecerá. Van Gogh não nasceu um pintor genial; ele “formou-se” genial. Victor Hugo também não nasceu escrevendo como um gênio; ele “aprendeu” a escrever como um gênio.

Faça um pequeno teste: diga a uma criança que ela é muito inteligente e observe como ela reagirá, “criando” coisas para “provar” essa inteligência. Muitas crianças, imediatamente, pegam sua caixa de lápis de cor nessa hora e começam a desenhar. Este é o “disparo” do pensamento criativo. E você pode provocar este “disparo” em você mesmo.

Há alguns anos atrás fui procurado por uma mãe que me implorava para dar aulas particulares de matemática para sua filha de 12 anos. A garota tinha tirado três notas zero seguidas e estava “convencida” de que não conseguia aprender matemática. Ela já havia procurado outros professores e nenhum deles conseguiu fazer a garota entender as elementares equações do primeiro grau.

Em vez de ensinar matemática, me propus tão-somente a conversar com ela algumas horas sobre inteligência e criatividade. Percebi que o problema da jovem não era a “equação do primeiro grau”, mas sim o seu “convencimento” de que não era capaz de aprender matemática. Sugeri então que ela esquecesse a matéria por alguns dias e fizesse auto-hipnose. Os resultados foram surpreendentes. Esta jovem superou os obstáculos, aprendeu matemática e hoje é uma fisioterapeuta conceituada no Rio de Janeiro.

Não há mistério algum nisso. O segredo é você repetir (assim como fazia quando aprendeu tabuada, lembra?), insistentemente, que você é muito inteligente, que é capaz de aprender tudo, que é muito criativo e que sempre tem ideias brilhantes. Repita isso — INSISTENTEMENTE — até que tais afirmações tomem o seu subconsciente e se traduzam em VERDADES. Lembre-se: “até mesmo uma mentira, se repetida continuadamente, vira verdade.”

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